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Configurando o gerenciador de boot

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Selecionando um gerenciador de boot

Com o kernel do Linux configurado, as ferramentas do sistema instaladas e os arquivos de configuração editados, é hora de instalar a última parte importante de uma instalação Linux: o gerenciador de boot.

O gerenciador de boot é responsável por carregar o kernel do Linux no momento do boot - sem ele, o sistema não saberia como proceder quando fosse apertado o botão de ligar.

Para o amd64, documentamos como configurar o GRUB2 ou LILO para sistemas baseados em BIOS e o GRUB2 ou efibootmgr para sistemas UEFI.

Nesta seção do Manual foi feita uma separação entre "fazer o emerge" do pacote do carregador de boot e "instalar" um carregador de boot em um disco do sistema. Aqui o termo "emerge" será usado para solicitar ao Portage tornar o pacote de software disponível ao sistema. O termo "instalar" irá significar fazer a cópia dos arquivos do carregador de boot ou fisicamente modificar as seções apropriadas do drive de disco do sistema de maneira a tornar o carregador de boot "ativo e pronto para operação" no na próxima reinicialização.

Default: GRUB2

Anteriormente, o Gentoo Linux usava o que agora é chamado de "GRUB Legacy" como gerenciador de boot recomendado. Como o nome diz, o pacote antigo do GRUB não é mais mantido ativamente e foi substituido pelo GRUB2. Para mais informações sobre o GRUB Legacy, por favor consulte o artigo sobre o GRUB no Gentoo Wiki.

Por padrão, a maioria dos sistemas Gentoo agora tende a usar GRUB2 (encontrado no pacote sys-boot/grub), que é o sucessor direto do GRUB Legacy. Com nenhuma configuração adicional, o GRUB2 felizmente suporta sistemas mais antigos com BIOS ("pc"). Com um pouco de configuração, necessário antes da compilação, o GRUB2 pode suportar mais de meia dúzia de plataformas adicionais. Para mais informação, consulte a Seção de prerequisitos do artigo GRUB2.

Emerge

Quando usando um sistema de BIOS antiga que suporta apenas tabelas de partições MBR, nenhuma configuração adicional é necessária para emerge o GRUB:

root #emerge --ask --verbose sys-boot/grub:2

Uma nota para os usuários UEFI: executar o comando acima irá mostrar os valores GRUB_PLATFORMS habilitados antes de se fazer o emerge. Quando usarem sistemas UEFI, os usuários irão precisar ter certeza que GRUB_PLATFORMS="efi-64" está habilitado (como é o caso por padrão). Se isso não for necessário para a configuração, GRUB_PLATFORMS="efi-64" precisa ser adicionado ao arquivo /etc/portage/make.conf antes de fazer o emerge do GRUB2 para que este pacote seja compilado com a funcionalidade EFI:

root #echo 'GRUB_PLATFORMS="efi-64"' >> /etc/portage/make.conf
root #emerge --ask sys-boot/grub:2

Se por alguma razão foi feito emerge do GRUB2 sem habilitar GRUB_PLATFORMS="efi-64", a linha (como mostrada acima) pode ser adicionada ao make.conf e então as dependências do conjunto de pacotes world recalculadas passando-se as opções --update --newuse ao emerge:

root #emerge --ask --update --newuse --verbose sys-boot/grub:2

O software GRUB2 está agora adicionado ao sistema, mas não está instalado ainda.

Instale

Em seguida, instale os arquivos do GRUB2 necessários no diretório /boot/grub/ com o comando grub-install. Assumindo que o primeiro disco (aquele do qual o sistema dá boot) é /dev/sda, um dos seguintes comandos fará isso:

  • Se usar BIOS:
root #grub-install /dev/sda
  • Se usar UEFI:
Importante
Certifique-se que a partição do sistema EFI tenha sido montada antes de rodar o grub-install. É possível que o grub-install instale o arquivo do GRUB EFI (grubx64.efi) no diretório errado sem prover nenhuma indicação de que o diretório errado foi usado.
root #grub-install --target=x86_64-efi --efi-directory=/boot
Nota
Modifique a opção --efi-directory para o root da Partição de Sistema EFI. Isso é necessário se a partição /boot não foi formatada como vfat.
Importante
Se o comando grub_install returnar erro como Could not prepare Boot variable: Read-only file system, pode ser necessário remontar o ponto de montagem especial efivars como de leitura e escrita de modo que o comando tenha sucesso:
root #mount -o remount,rw /sys/firmware/efi/efivars

Alguns fabricantes de placas-mãe parecem suportar apenas o diretório /efi/boot/ como local para o arquivo .EFI na partição de Sistema EFI (ESP). O instalador do GRUB pode executar essa operação automaticamente através da opção --removable. Verifique se a partição ESP está montada antes de executar os comandos a seguir. Presumindo que a ESP está montada em /boot/efi (como sugerido anteriormente), execute:

root #grub-install --target=x86_64-efi --efi-directory=/boot --removable

Isso cria o diretório default definido pela especificação UEFI e então copia o arquivo grubx64.efi para a localização EFI 'default' definida por essa especificação.

Configure

Em seguida, gere a configuração do GRUB2 baseada na configuração do usuário especificada no arquivo /etc/default/grub e nos scripts /etc/grub.d. Na maioria dos casos, nenhuma configuração é necessária pois o GRUB2 irá detectar automaticamente qual kernel dar boot (o mais recente disponível em /boot/) e qual é o sistema de arquivos raiz. É possível também acrescentar parâmetros para o kernel em /etc/default/grub usando a variável GRUB_CMDLINE_LINUX.

Para gerar a configuração final do GRUB2, execute o comando grub-mkconfig:

root #grub-mkconfig -o /boot/grub/grub.cfg
Generating grub.cfg ...
Found linux image: /boot/vmlinuz-3.16.5-gentoo
Found initrd image: /boot/initramfs-genkernel-amd64-3.16.5-gentoo
done

A saída do comando deve mostrar que pelo menos uma imagem do Linux foi encontrada, já que são necessárias para inicializar o sistema. Se foi criado um initramfs ou o genkernel foi usado para criar o kernel, a imagem correta do initrd deve ser detectada também. Se não for o caso, vá para o diretório /boot/ e cheque seu conteúdo usando ls. Se os arquivos estiverem realmente ausentes, retorne às instruções de configuração e instalação do kernel.

Tip
O utilitário os-prober pode ser usado em conjunto com o GRUB2 para detectar outros sistemas operacionais no drives conectados. Windows 7, 8.1, 10 e outras distribuições Linux são detectáveis. Quem desejar sistemas dual boot devem fazer emerge do pacote sys-boot/os-prober e então executar novamente o comando grub-mkconfig (como visto acima). Se problemas de detecção forem encontrados tenha certeza de ler o artigo GRUB2 inteiramente antes de procurar suporte da comunidade Gentoo.

Alternativa 1: LILO

Emerge

LILO, o LInuxLOader, é o mais testado e verdadeiro "cavalo puxador de arado" dos gerenciadores de boot. Entretanto, lhe faltam alguns recursos comparado ao GRUB. O LILO ainda é usado porque, em alguns sistemas, o GRUB não funciona e o LILO sim. É claro, ele também é usado porque algumas pessoas conhecem o LILO e querem continuar com ele. De qualquer forma, o Gentoo suporta ambos.

Instalar o LILO é muito fácil; apenas use o emerge.

root #emerge --ask sys-boot/lilo

Configure

Para configurar o LILO, primeiro crie o arquivo /etc/lilo.conf:

root #nano -w /etc/lilo.conf

No arquivo de configuração são usadas seções para fazer referência ao kernel inicializável. Certifique-se que os arquivos do kernel (com a versão do kernel) e os arquivos initramfs são conhecidos pois eles serão referenciados no arquivo de configuração.

Nota
Se o sistema de arquivo raiz for JFS, adicione uma linha append="ro" depois de cada item de boot uma vez que o JFS precisa refazer seu log antes de permitir a montagem com leitura e escrita.
FILE /etc/lilo.confExemplo de configuração do LILO
boot=/dev/sda             # Instala o LILO no MBR
prompt                    # Permite ao usuário selecionar outra opção de boot
timeout=50                # Espera 5 segundos antes de dar boot na seção default
default=gentoo            # Quando o tempo acabar, dê boot na seção "gentoo"
  
image=/boot/vmlinuz-3.16.5-gentoo
  label=gentoo            # Nome dado a esta seção
  read-only               # Inicie em modo somente de leitura. Não modifique!
  root=/dev/sda4          # Localização do sistema de arquivo raiz
  
image=/boot/vmlinuz-3.16.5-gentoo
  label=gentoo.rescue     # Nome dado a esta seção
  read-only               # Inicie em modo somente de leitura. Não modifique!
  root=/dev/sda4          # Localização do sistema de arquivo raiz
  append="init=/bin/bb"   # Execute o shell de recuperação estático do Gentoo
  
# As próximas duas linhas são para fazer boot duplo com um sistema Windows.
# Neste exemplo, o Windows está hospedado em /dev/sda6.
other=/dev/sda6
  label=windows
Nota
Se for usado um esquema de particionamento diferente e/ou imagem de kernel, ajuste de acordo.

Se um initramfs é necessário, mude a configuração fazendo referência a esse initramfs e dizendo ao initramfs onde o dispositivo real da partição root se encontra:

FILE /etc/lilo.confAdicionando informação do initramfs à entrada de boot
image=/boot/vmlinuz-3.16.5-gentoo
  label=gentoo
  read-only
  append="root=/dev/sda4"
  initrd=/boot/initramfs-genkernel-amd64-3.16.5-gentoo

Se opções adicionais precisarem ser passadas ao kernel, use uma declaração append. Por exemplo, para adicionar uma declaração video para habilitar o framebuffer:

FILE /etc/lilo.confAdicionando o parâmetro video às opções de boot
image=/boot/vmlinuz-3.16.5-gentoo
  label=gentoo
  read-only
  root=/dev/sda4
  append="video=uvesafb:mtrr,ywrap,1024x768-32@85"

Usuários que usaram o genkernel devem saber que seus kernels usam as mesmas opções de boot que o CD de instalação. Por exemplo, se for necessário suporte a dispositivos SCSI, adicione doscsi como uma opção do kernel.

Agora salve o arquivo e saia.

Instale

Para terminar, execute o /sbin/lilo de modo que o LILO possa aplicar as configurações em /etc/lilo.conf ao sistema (ou seja, instalar a si mesmo no disco). Tenha em mente que o /sbin/lilo deve ser executado cada vez que um novo kernel é instalado ou forem feitas mudanças no arquivo lilo.conf de modo a fazer o sistema dar boot se o nome de arquivo do kernel foi alterado.

root #/sbin/lilo

Alternativa 2: Usando o efibootmgr

Em sistemas baseados em UEFI, o firmware UEFI no sistema (ou seja, o gerenciador de boot primário) pode ser instruído diretamente para procurar entradas de boot UEFI. Tais sistemas não precisam de gerenciadores de boot adicionais (também conhecidos como secundários) tais como o GRUB2 para ajudar a inicializar o sistema. Dito isso, a razão para existirem gerenciadores de boot baseados em EFI tais como o GRUB2 é "estender" as funcionalidades dos sistemas UEFI durante o processo de boot. Usar o efibootmgr é na verdade para aqueles que desejam usar uma abordagem minimalista (e mais rígida) para dar boot no sistema; usar o GRUB2 (ver acima) é mais fácil para a maioria dos usuários porque oferece uma forma mais flexível de dar boot em sistemas UEFI.

Lembre-se que o pacote sys-boot/efibootmgr não é um gerenciador de boot, mas uma ferramenta para interagir com o firmware UEFI e atualizar suas configurações, assim o kernel Linux que foi previamente instalado pode ser inicializado com opções adicionais (se necessário), ou para permitir múltiplas entradas de boot. Essa interação é feita através das variáveis EFI (por isso a necessidade do suporte do kernel às variáveis EFI).

Certifique-se de ler completamente o artigo EFI stub kernel antes de continuar. O kernel deve ter habilitadas opções específicas para ser bootável pelo firmware UEFI do sistema. Pode ser necessário recompilar o kernel. É também uma boa ideia dar uma olhada no artigo sobre o efibootmgr.

Nota
Reiterando, o efibootmgr não é requerido para inicializar um sistema UEFI. O kernel do Linux pode (e é) inicializado imediatamente, e opções de linha de comando do kernel adicionais podem ser embutidas pelo kernel do Linux em si (existe uma configuração do kernel que permite ao usuário especificar os parâmetros de boot). Mesmo um initramfs pode ser feito parte do próprio kernel.

Aqueles que decidiram por seguir este caminho necessitam instalar o software:

root #emerge --ask sys-boot/efibootmgr

Depois, crie o diretório /boot/efi/boot/ e então copie o kernel nesse local, chamando-o bootx64.efi:

root #mkdir -p /boot/efi/boot
root #cp /boot/vmlinuz-* /boot/efi/boot/bootx64.efi

Depois, diga ao firmware UEFI que uma entrada de boot chamada "Gentoo" deve ser criada, que contém o pseudo kernel EFI recém instalado:

root #efibootmgr --create --disk /dev/sda --part 2 --label "Gentoo" --loader "\efi\boot\bootx64.efi"

Se um sistema de arquivo inicial em RAM (initramfs) deve ser usado, adicione a opção de boot apropriada para ele:

root #efibootmgr -c -d /dev/sda -p 2 -L "Gentoo" -l "\efi\boot\bootx64.efi" initrd='\initramfs-genkernel-amd64-3.16.5-gentoo'
Nota
O uso da \ como separador de diretórios é obrigatório quando usamos as definições UEFI.

Com essas alterações feitas, quando o sistema reiniciar, uma entrada de boot chamada "Gentoo" estará disponível.

Alternativa 3: Syslinux

O syslinux é mais uma alternativa de gerenciador de boot para a arquitetura amd64. Ele suporta MBR e, a partir da versão 6.00, suporta também boot EFI. Boot de rede (PXE) e outras opções menos conhecidas são também suportadas. Apenas do syslinux ser um gerenciador de boot popular para muitos usuários, ele não é suportado por este manual. Leitores podem encontrar informações para fazer emerge e instalar este gerenciador de boot no artigo Syslinux.


Reiniciando o sistema

Saia do ambiente chroot e desmonte todas as partições montadas. Então digite o comando mágico que dá início ao verdadeiro teste final: reboot.

root #exit
cdimage ~#cd
cdimage ~#umount -l /mnt/gentoo/dev{/shm,/pts,}
cdimage ~#umount -R /mnt/gentoo
cdimage ~#reboot

Claro, não esqueça de remover o CD de boot ou o sistema irá reinicializar pelo CD em vez do novo sistema Gentoo.

Uma vez reiniciado o sistema no ambiente recém-instalado finalize com Finalizando a instalação do Gentoo.