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Instalando os arquivos de instalação do Gentoo

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AMD64 Handbook
Installation
About the installation
Choosing the media
Configuring the network
Preparing the disks
Installing stage3
Installing base system
Configuring the kernel
Configuring the system
Installing tools
Configuring the bootloader
Finalizing
Working with Gentoo
Portage introduction
USE flags
Portage features
Initscript system
Environment variables
Working with Portage
Files and directories
Variables
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Custom package repository
Advanced features
Network configuration
Getting started
Advanced configuration
Modular networking
Wireless
Adding functionality
Dynamic management


Instalando um arquivo tar de stage

Ajustando a data e a hora

Antes de instalar o Gentoo, é uma boa ideia ter certeza que a data e hora estão configuradas corretamente. Um relógio mal configurado pode levar a resultados estranhos: sistemas de arquivos básicos devem se extraídos com datas precisas. De fato, devido a vários sites e serviços usando comunicações encriptadas (SSL/TLS), pode ser impossível fazer download dos arquivos de instalação se o relógio do sistema estiver muito atrasado!

Verifique a data e a hora atual executando o seguinte comando date:

root #date
Mon Oct  3 13:16:22 PDT 2016

Se a data/hora mostrada estiver errada, atualize-a usando um dos métodos abaixo.

Nota
Placas-mãe que não incluem um Relógio de tempo real (RTC) devem ser configuradas para automaticamente sincronizar o relógio do sistema com um servidor de tempo. Isto também vale para sistemas que "também" incluem um RTC, mas tem uma bateria com problema.

Automático

Mídias de instalação oficiais Gentoo incluem o comando ntpd (disponível através do pacote net-misc/ntp). Mídias oficiais incluem um arquivo de configuração apontando para servidores de horário ntp.org. Eles podem ser usados para sincronizar automaticamente o relógio do sistema para a hora UTC. Usar este método requer uma configuração de rede e pode não estar disponível em todas as arquiteturas.

Aviso
Sincronização automática de horário tem um preço. Ela irá revelar o endereço IP do sistema e informações relacionadas a rede para o servidor de horário (no caso do exemplo abaixo ntp.org). Usuários com preocupações de privacidade devem estar cientes disto "antes" de configurar o relógio do sistema usando o método abaixo.
root #ntpd -q -g

Manual

O comando date pode fazer também uma configuração manual do relógio do sistema. Use a sintaxe MMDDhhmmYYYY (Mês, Dia, hora, minuteo e Ano).

Hora UTC é recomendada para todos os sistemas Linux. Mais tarde durante a instalação um fuso horário irá ser definido. Isto irá modificar a exibição do relógio para o horário local.

Por exemplo, para ajustar a data para 3 de outubro de 2016, 13:16:

root #date 100313162016

Escolhendo um arquivo tar de stage

Multilib (32 e 64 bits)

Escolher um arquivo tar base para o sistema pode economizar uma considerável quantidade de tempo mais tarde no processo de instalação, especificamente quando for o momento de escolher o perfil do sistema. A seleção de um arquivo tar de stage irá impactar a futura configuração do sistema e pode evitar uma dor de cabeça ou duas mais tarde. O arquivo tar multilib usa bibliotecas de 64 bits quando possível e apenas as versões de 32 bits quando necessário para compatibilidade. Essa é uma excelente opção para a maioria das instalações pois provê grande flexibilidade para personalizações no futuro. Quem desejar que seu sistema seja capaz de trocar facilmente de perfil deve baixar o arquivo tar multilib para sua respectiva arquitetura de processador.

A maioria dos usuários não deve usar as opções de arquivos tar 'advanced'; elas são específicas para alguma configuração de software ou hardware.

No-multilib (64 bits puro)

Selecionar um arquivo tar no-multilib como base do sistema provê um completo ambiente de sistema operacional de 64 bits. Isso torna efetivamente a habilidade de se trocar para perfis multilib improvável, mas possível. Aqueles que estão iniciando com o Gentoo não devem escolher um arquivo tar no-multilib a menos que seja absolutamente necessário.

Aviso
Tome cuidado, migrar de um sistema não-multilib (no-multilib) para um multilib requer um excelente conhecimento do Gentoo e de suas ferramentas de baixo nível (isso pode fazer até nossos Desenvolvedores de ferramentas estremecerem um pouco). Não é uma tarefa para cardíacos e está além do escopo deste manual.

Baixando o arquivo tar do stage

Vá para o ponto de montagem do Gentoo onde o sistema de arquivos raiz está montado (provavelmente /mnt/gentoo):

root #cd /mnt/gentoo

Dependendo da mídia de instalação, a única ferramenta necessária para baixar o arquivo tar do stage é um navegador web.

Navegadores gráficos

Usuários usando ambientes com navegadores web gráficos não terão problema em copiar a URL do arquivo de stage da seção de download do site web principal. Apenas selecione a aba apropriada, clique com o botão da direita no link do arquivo de stage e então Copie o endereço do link (Firefox) ou Copie a localização do link (Chromium) para copiar o link para a área de transferência, então cole o link para a o utilitário de linha de comando wget para baixar o arquivo tar de stage:

root #wget <PASTED_STAGE_URL>

Navegadores de linha de comando

Usuários mais tradicionais ou 'das antigas', trabalhando exclusivamente com a linha de comando podem preferir o links, um navegador não gráfico baseado em menus. Para baixar o arquivo de stage, navegue até a lista de espelhos do Gentoo como abaixo:

root #links https://www.gentoo.org/downloads/mirrors/

Para usar um proxy HTTP com o links, passe a URL com a opção -http-proxy:

root #links -http-proxy servidor.proxy.com:8080 https://www.gentoo.org/download/mirrors/

Próximo ao links há também o navegador lynx. Assim como o links ele é um navegador não gráfico mas não baseado em menus.

root #lynx https://www.gentoo.org/downloads/mirrors/

Se for necessário definir um proxy, exporte as variáveis http_proxy e/ou ftp_proxy:

root #export http_proxy{{=}}"http://servidor.proxy.com:porta"
root #export ftp_proxy="http://servidor.proxy.com:porta"

Na lista de espelhos, selecione um espelho próximo. Normalmente os espelhos HTTP são suficientes, mas outros protocolos estão também disponíveis. Mova para o diretório releases/amd64/autobuilds/. Lá todos os arquivos de stage são mostrados (eles podem estar localizados dentro de subdiretórios nomeados segundo as sub-arquiteturas individuais). Selecione um e pressione d para baixar.

Depois que o download do arquivo de stage completar, é possível verificar a integridade e validar o conteúdo do arquivo tar de stage. Aqueles interessados em fazê-lo devem proceder à próxima seção.

Aqueles não interessados em verificar e validar o arquivo de stage podem fechar o navegador de linha de comando pressionando q e podem avançar diretamente para a seção Descompactando o arquivo tar de stage.

Verificando e validando

Nota
Alguns arquivos tar estão disponibilizados com compressão xz. Ao baixar um arquivo tar com nome terminado em .tar.xz, certifique-se de ajustar corretamente o nome do arquivo nos comandos abaixo.

Assim como nos CDs mínimos de instalação, estão disponíveis arquivos adicionais para verificar e validar o arquivo de stage. Apesar desses passos poderem ser pulados, esses arquivos são providos para os usuários que se preocupam com a legitimidade dos arquivos baixados.

  • Um arquivo .CONTENTS que contém a lista de todos os arquivos contidos no arquivo tar do stage.
  • Um arquivo .DIGESTS que contém as somas de checagem do arquivo de stage em diferentes algoritmos.
  • Um arquivo .DIGESTS.asc que, como o arquivo .DIGESTS, contém somas de checagem do arquivo de stage em diferentes algoritmos, mas também assinadas criptograficamente para validar que é provido pelo Projeto Gentoo.

Use o comando openssl e compare a saída com as somas de checagem providas pelos arquivos .DIGESTS ou .DIGESTS.asc.

Por exemplo, para validar a soma de checagem SHA512:

root #openssl dgst -r -sha512 stage3-amd64-<release>.tar.bz2

Outra forma é usar o comando sha512sum:

root #sha512sum stage3-amd64-<release>.tar.bz2

Para validar a soma de checagem Whirlpool:

root #openssl dgst -r -whirlpool stage3-amd64-<release>.tar.bz2

Compare a saída desses comandos com o valor registrado nos arquivos .DIGESTS(.asc). Os valores devem bater, senão o arquivo baixado pode estar corrompido (ou o arquivo .DIGESTS está).

Assim como com o arquivo ISO, é possível também verificar a assinatura criptográfica do arquivo .DIGESTS.asc usando o gpg para verificar que as somas de checagem não foram adulteradas.

root #gpg --verify stage3-amd64-<release>.tar.bz2,.DIGESTS.asc

Desempacotando o arquivo tar de stage

Agora desempacote o stage baixado no sistema. Usamos o tar para isso:

root #tar xpvf stage3-*.tar.bz2 --xattrs-include='*.*' --numeric-owner

Certifique-se que as mesmas opções (xpf e --xattrs-include='*.*') são usadas. O x significa Extrair, o p para "preservar" permissões e o f para indicar que queremos extrair um arquivo ("file"), não da entrada padrão. --xattrs-include='*.*' é para incluir a preservação dos atributos estendidos de todos os arquivos armazenados. Finalmente, --numeric-owner é usado para assegurar que os IDs de usuário e grupo dos arquivos sendo extraídos do arquivo tar permanecerão os mesmos que os pretendidos pela equipe de engenharia de lançamentos do Gentoo (mesmo que usuários aventureiros não estiverem usando a mídia de instalação oficial do Gentoo).

Agora que o arquivo de stage está descompactado, proceda com Configurando as opções de compilação.

Configurando as opções de compilação

Introdução

Para otimizar o Gentoo, é possível ajustar algumas variáveis que impactam o comportamento do Portage, o oficialmente suportado gerenciador de pacotes do Gentoo. Todas essas variáveis podem ser ajustadas como variáveis de ambiente (usando export) mas isso não é permanente. Para manter os ajustes, o Portage lê o arquivo /etc/portage/make.conf, que é um arquivo de configuração do Portage.

Nota
Uma listagem com comentários de todas as possíveis variáveis pode ser encontrada em /mnt/gentoo/usr/share/portage/config/make.conf.example. Para uma instalação com sucesso do Gentoo, apenas as variáveis mencionadas abaixo precisam ser ajustadas.

Use um editor (neste guia usamos o nano) para alterar as variáveis de otimização que iremos discutir a partir daqui.

root #nano -w /mnt/gentoo/etc/portage/make.conf

Olhando o arquivo make.conf.example fica óbvio como o arquivo deve ser estruturado: linhas de comentário iniciam com "#", outras linhas definem variáveis usando sintaxe VARIAVEL="conteúdo". Diversas dessas variáveis são discutidas a seguir.

CFLAGS e CXXFLAGS

As variáveis CFLAGS e CXXFLAGS definem as flags de otimização para os compiladores C e C++ GCC, respectivamente. Apesar de serem definidas globalmente aqui, para máximo desempenho seria necessário otimizar essas flags para cada programa separadamente. A razão disso é que cada programa é diferente. Entretanto, isso não é viável, por isso a definição dessas flags no arquivo make.conf.

No arquivo make.conf deve-se definir as flags de otimização que fariam o sistema mais responsivo de modo geral. Não coloque ajustes experimentais nessa variável; otimização demais pode fazer com que os programas comportem-se mal (abortem, ou ainda pior, funcionem mal).

Não iremos explicar todas as possíveis opções de otimização. Para compreender todas elas, leia o Manual Online do GCC ou as páginas info do gcc (info gcc -- funciona apenas em um sistema Linux já instalado). O arquivo make.conf.example em si também contém muitos exemplos e informação; não se esqueça de lê-lo também.

Um primeiro ajuste é a flag -march= ou -mtune=, que especifica o nome da arquitetura alvo. As possíveis opções estão descritas no arquivo make.conf.example (como comentários). Um valor comumente usado é "native", que diz ao compilador para selecionar a arquitetura do sistema atual (aquele no qual o Gentoo está sendo instalado).

Em segundo vem a flag -O (um O maiúsculo, não um zero), que especifica a flag da classe de otimização. Valores possíveis são "s" (para otimização por tamanho), 0 (zero - para nenhuma otimização), 1, 2 ou até 3 para flags de otimização para velocidade (cada classe tem as mesmas flags da anterior, mais algumas extras). -O2 é o padrão recomendado. Sabe-se que -O3 causa problemas se usada pelo sistema como um todo, então recomendamos ficar com -O2.

Uma flag de otimização popular é a -pipe (usa pipes em vez de arquivos temporários para comunicação entre os vários estágios da compilação). Ela não tem impacto no código gerado, mas usa mais memória. Em sistemas com pouca memória, o gcc pode ser morto. Nesse caso, não use essa flag.

Usar o -fomit-frame-pointer (que não mantém o ponteiro de frame em um registrador para funções que não precisam de um) pode ter sérias repercussões para depurar aplicações.

Se as variáveis CFLAGS e CXXFLAGS são definidas, combine as várias flags de otimização em uma string. Os valores default contidos no arquivo stage3 que é desempacotado devem ser adequados. Abaixo é apenas um exemplo:

CODE Exemplo de variáveis CFLAGS e CXXFLAGS
CFLAGS="-march=native -O2 -pipe"
# Use os mesmos valores para ambas variáveis
CXXFLAGS="${CFLAGS}"

Template:Tip/pt-br

MAKEOPTS

A variável MAKEOPTS define quantas compilações paralelas podem ocorrer quando um pacote estiver sendo instalado. Uma boa escolha é o número de CPUs (ou núcleos de CPU) em um sistema mais um, porém essa regra nem sempre é perfeita.

CODE Exemplo de declaração de MAKEOPTS em make.conf
MAKEOPTS="-j2"

Pronto, preparar, vai!

Atualize o arquivo /mnt/gentoo/etc/portage/make.conf de acordo com suas preferências pessoais e grave (usuários do nano podem usar Ctrl+X).

Depois continue em Instalando o sistema básico do Gentoo.